Programa do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), cujo curso de capacitação é realizado no Centro Universitário Assunção, une padrinhos e madrinhas a crianças e adolescentes que vivem em abrigos.
No último sábado (06/04), das 09h às 13h, o Centro Universitário Assunção abriu suas portas a 12 candidatos à vaga de padrinho ou madrinha de crianças e adolescentes, com mais de 07 anos de idade, que vivem em abrigos, os oficialmente denominados SAICAs: Serviço de Acolhimento Institucional de Crianças e Adolescentes.
Para ser classificado(a) e certificado como padrinho ou madrinha, o(a) candidato(a) precisa se inscrever no Programa Apadrinhamento Afetivo, do TJ-SP, preencher uma ficha cadastral e frequentar a capacitação e triagem no Centro Universitário Assunção.
O programa foi pensado para garantir o direito à convivência familiar e comunitária para os menores de idade que estejam nos SAICAs, cujo convênio com o TJ-SP foi firmado em 2016, e lançado, oficialmente, no auditório Maria Rosa Mística. Dentre as instituições de ensino superior de São Paulo, o Centro Universitário Assunção é o único a oferecer esse tipo de capacitação, abrangendo o fórum de Jabaquara.
No curso, os candidatos recebem orientação e preparação, considerando as seguintes temáticas: função do acolhimento institucional e os prejuízos no desenvolvimento de crianças e adolescentes institucionalizados; concepção de família e funções da família; vínculos (consanguíneos, por afinidade e afetividade); peculiaridades da infância e adolescência; os possíveis conflitos gerados pela convivência; diferenças entre apadrinhamento, guarda, adoção e família acolhedora; atribuições dos padrinhos/madrinhas e convivência familiar e comunitária. Tudo conduzido no Centro Universitário Assunção com o apoio de professores e alunos dos cursos de Direito, Serviço Social e Pedagogia.
Após a realização do curso, os futuros padrinhos e madrinhas também passam por uma avaliação psicológica e social, realizada pelo centro universitário. Em seguida, os prontuários dos aprovados são direcionados para as respectivas Varas, que farão a aproximação e verificação de compatibilidades nos SAICAs.
“Dentro dos SAICAs, tudo é coletivo e partilhado entre todas as crianças e adolescentes, padrinhos e madrinhas não. Cada um tem o seu, e cada padrinho e madrinha se torna referência para o apadrinhado”, comentou o Vice-Reitor do Centro Universitário Assunção, Prof. Dr. Alessandro Fuentes Venturini, que é um dos profissionais que lecionam na capacitação, bem como a Reitora, Profa. Dra. Karen Ambra.
Prof. Alessandro ressalta que, durante todo o curso, é deixado de forma muito transparente que “apadrinhamento afetivo não é adoção, mas um programa pensado para criar a figura do padrinho e madrinha” e jamais pode ser encarado como “fura-fila de adoção”. Ou seja, é uma iniciativa, prevista em lei, para trazer a experiência da convivência comunitária e familiar para essas crianças e adolescentes que vivem nos SAICAs, com o objetivo prioritário focado no bem-estar do menor, em conformidade com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
O apadrinhamento possibilita novas formas de aprendizado pela criança e adolescente nas relações sociais, contribui muitas vezes nas questões escolares, uma vez que a maioria possui defasagem escolar, colabora para a melhoria de sua autoestima, possibilita a escuta do menor para suas dificuldades e melhora a relação com os profissionais do serviço de acolhimento e outros acolhidos.
Para mais informações e esclarecimentos de dúvidas, envie e-mail para a coordenadora do curso de Serviço Social, Profa. Dra. Viviane de Paula: viviane.depaula@professor.unifai.edu.br
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