Tecnologia e aprendizagem – parceiros ideias
[1]Karina Paz Pereira Alves
[2]Ms. Alessandra Hissa Ferrari
De acordo com o artigo de José Manuel Moran[3] “Os novos espaços de atuação do educador com as novas tecnologias”[4] e o artigo “Geração nova sala de aula”[5], percebemos que com as novas tecnologias da comunicação e informação é preciso modificar a maneira de se ensinar; não se pode mais se restringir ao giz e à lousa. A mudança no ensinar deve partir do educador, que muitas vezes é o mais resistente, provavelmente por desconhecer o que são as novas tecnologias e pelo possível medo de ser substituído pelo computador.
A internet e o computador não são as únicas ferramentas de ensino: vídeos, hipertextos, websites, também são artefatos que os professores podem utilizar para desenvolverem o processo de ensino aprendizagem.
Todos aqueles que já foram alunos um dia, sabem o quão tedioso e cansativo que é permanecer sentado na carteira por horas ouvindo o professor. Vários setores da sociedade modificaram-se em função do progresso, dos avanços tecnológicos. Mas e o ensino, o ambiente de sala de aula, assim como os recursos didáticos e as metodologias ?
Hoje o aluno nasce em meio às diversas tecnologias consideradas avançadas se comparadas às dez anos atrás, fato este que não podemos desconsiderar. Ao contrário, devemos usá-lo para desenvolver um processo de ensino aprendizagem significativo. Depoimentos de docentes que atuam com o ensino a distância, proporcionando atividades semi-presenciais relatam que o acompanhamento contínuo do aluno, por parte do professor resulta no sucesso de aprendizagem, sendo assim, é necessário refletirmos sobre a importância de trabalhar dentro desse novo paradigma educacional.
Se a escola for bem estruturada, com recursos compatíveis à realidade dos alunos, com professores capacitados ou predispostos a serem capacitados, é possível modificar o ambiente de ensino mesclando a antiga sala de aula com um ambiente virtual moderno acessível que permite a exploração de diversas estratégias. Nesse novo ambiente o educando torna-se parte do processo de ensino-aprendizagem, o professor desperta, motiva, estimula o interesse do aluno, para que este deixe de ser passivo para ser um integrante ativo e participativo do processo, buscando novas informações e construindo novos conhecimentos.
O educador que estiver disposto a aprender a utilizar estas ferramentas conseguirá ingressar nesta nova “era” e possibilitará em seus educandos a capacidade de serem autogestores dos seus conhecimentos.
A tecnologia não veio para tomar o lugar do educador, mas sim para ser ferramenta que, se bem utilizada poderá estimular o educando a descobrir e redescobrir conhecimentos.
Professor e tecnologia tornam-se parceiros, para que o processo de ensino-aprendizagem seja realmente significativo, construindo um cidadão crítico, reflexivo e autônomo dentro de uma sociedade em constante mudança.
[1] Karina Paz Pereira Alves, licenciada em Filosofia e aluna de Pedagogia do UniFai.
[2] Ms. Alessandra Hissa Ferrari, doutoranda em Educação Matemática PUC/SP, professora e coordenadora no UniFai.
[3]José Manual Moran é doutor em ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo e professor de novas tecnologias de comunicação no curso de Rádio e Televisão da escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo. Trabalha atualmente com a integração da comunicação e das tecnologias – principalmente Internet, Televisão e vídeo – na educação, pesquisando e apoiando novas formas de ensinar e aprender.
[4] Revista Anais, 12º Endipe, Encontro Nacional de didática e prática de ensino, Curitiba 2004.
[5] Revista Ensino Superior, junho/2007.