Conto, com a Reitora
ENADE: hora de seriedade, não de marketing!
alunos e, quem sabe, com esses agrados, eles fariam uma boa prova. A conclusão a que chegaram no debate de Brasília é que esses alunos estão terminando uma graduação, logo devem ser tratados como adultos, e não como crianças. Tais instituições faziam de um momento tão importante, que exige responsabilidade e seriedade, um espetáculo festivo!
Eu, como reitor, não endosso esse caráter infantil expresso nessas iniciativas. Acho mesmo que esse momento não pode ter o aspecto de uma festa infantil, ao contrário, penso que deve ser tratado com a devida seriedade. Deveríamos mostrar aos nossos alunos a inadequação dessa atitude frente à seriedade dessa forma de avaliação, ainda que passível de crítica, pois ela mais pune a instituição do que propriamente avalia seus discentes. Por esse modelo de exame, se deixar de responder adequadamente às questões, o estudante não tem nenhum ônus imediato sobre seu histórico escolar. Apenas prejudicará a instituição, embora, a longo prazo, ele também seja prejudicado se portar um diploma de um curso mal avaliado.
Nesse sentido, se o UNIFAI não montou barraquinhas nem fez doação de sacolinhas no último dia 25 é porque confia no que transmitiu aos seus alunos ao longo do curso, com responsabilidade, aplicação e competência. Nosso intuito não é apenas passar conteúdo acadêmico, mas trabalhar para que se tornem maduros e, enquanto adultos, realizem esse exame com seriedade, endossando suas competências e habilidades tão necessárias ao mercado de trabalho.
Talvez essas instituições, com suas barraquinhas e mimos, não façam mais do que endossar a imaturidade de seus próprios alunos. Conscientes disso, continuam a tratá-los da mesma forma com que os receberam no primeiro dia de aula e acham que ainda precisam de estímulos de última hora para fazer algo que teoricamente já deveriam estar aptos a fazer – e não é um chocolatinho antes de uma prova que vai resolver... Ao agirem assim, elas assinam sua própria incompetência, pois o ENADE (EXAME NACIONAL DE DESEMPENHO DOS ESTUDANTES) deveria mostrar o grau de evolução de seus alunos. Se continuam a tratá-los como no primeiro dia de aula, é sinal de que admitem que não houve evolução alguma.
Aproveito este momento para agradecer a todos que se empenharam para que o UNIFAI realizasse mais esse exame e até mesmo aos que se deixaram seduzir por esse ‘canto de sereia’, estratégia barata de marketing. Este é um bom momento para avaliarmos nossas ações e pensarmos formas mais eficazes de preparação não apenas para um exame, mas, sobretudo, para a vida.
Reitor Prof. Dr. Pe Edelcio Ottaviani
São Paulo, 05/11/2018
Profª. Drª. Karen Ambra
Reitora do Centro Universitário Assunção