Biblioteca • Histórico
A Biblioteca "Monsenhor Roberto Mascarenhas Roxo", localizada no Centro Universitário Assunção, foi inaugurada em 1983 e, desde então, tem se consolidado como uma biblioteca universitária, atendendo às necessidades dos alunos de graduação, pós-graduação, extensão e pesquisa, na cidade de São Paulo. Seu nome é uma homenagem a Dom Paulo Antonino Mascarenhas Roxo, um dos reitores que mais tempo permaneceu no cargo. Licenciado em Filosofia e Pedagogia, e doutor em História e Teologia pela Universidade Gregoriana em 1952, Dom Paulo foi professor da Faculdade de Teologia de São Paulo, perito no Concílio Vaticano II e membro da Comissão Internacional de Teologia, criada por Paulo VI para refletir sobre os problemas teológicos.
Além de seu acervo físico e digital, a biblioteca possuí um acervo de obras raras e notáveis que estão distribuídos nas seguintes áreas de conhecimento: Literatura, Linguística, Teologia, Ensino Religioso, Educação Cristã, Física, Direito, História, Filosofia, Educação, Medicina, Geografia, Matemática, Ciências Sociais, Psicologia e Documentos Papais. São doações advindas da Cúria Metropolitana de São Paulo, seminaristas, clérigos e comunidade acadêmica.
Parte do acervo das unidades Ipiranga e Santana foi incorporada ao acervo da Unidade Vila Mariana, onde situa-se o Centro Universitário Assunção hoje e essa informação é importante, porque ao entendermos a história da biblioteca, também compreendemos a trajetória de nossa IES - Instituto de Ensino Superior, que está intimamente ligada à formação do clero paulista.
A origem dessa história remonta a 1856, com a criação do Seminário Provincial de São Paulo (também conhecido como Seminário Episcopal da Luz), que mais tarde se tornaria o Seminário Central do Ipiranga, e com a fundação da Biblioteca D. Duarte Leopoldo e Silva. Em 1908, o Seminário abrigava a primeira Faculdade de Filosofia do Estado de São Paulo. Em 1934, o Seminário passou a se chamar Seminário Central Imaculada Conceição do Ipiranga e Universidade Católica, oferecendo cursos de Filosofia e Teologia em sua sede na Avenida Nazaré, no bairro do Ipiranga, em São Paulo.
Em 1949, por iniciativa de Dom Carlos Carmelo de Vasconcelos Motta, foi fundada a Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção (FTNSA), a primeira faculdade de Teologia do Brasil com reconhecimento do direito canônico. O Seminário Central do Ipiranga continuou em funcionamento até a reestruturação da FTNSA, que ocorreu em 1968.
Na década de 1960, o Concílio do Vaticano II determinou que os seminaristas deixassem o local e se transferissem para as paróquias a fim de cumprirem as funções de assistentes e padres. Dessa forma o prédio foi transformado em um grande espaço de estudos e recebeu do Instituto Educacional Paulopolitano (instituição mantenedora do Assunção) a função de abrigar estudantes que não seguiriam a carreira religiosa. Desta forma, o espaço do seminário foi reservado como um grande centro de estudos.
E foi assim que, por questões de viabilidade econômica em relação ao prédio, a Arquidiocese, em conjunto com o Cardeal, decidiu criar uma faculdade particular para ocupar o local do antigo seminário, que seria alugado para a nova instituição, a Faculdades Associadas Ipiranga (FAI). Portanto, em 1970, foi fundada a FAI, que passou a oferecer os cursos de Filosofia, História, Pedagogia e Letras, permanecendo nesse local até 1982.
Na época, o Cardeal Arcebispo de São Paulo, Dom Agnelo Rossi, fundou o Instituto Educacional Seminário Paulopolitano (IESP), entidade mantenedora do Centro Universitário Assunção. O IESP passou a contar com diretores religiosos de destaque, ligados à Arquidiocese de São Paulo, e contando como Grão-Chanceler o Cardeal Arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Pedro Scherer, que ocupa atualmente esse cargo.
Em 1974, ocorre a separação da Biblioteca FAI de Teologia e Filosofia, por ordem do então Cardeal Dom Paulo Evaristo Arns. Devido à ampliação de cursos em diversas áreas do conhecimento, criando-se uma nova unidade na Vila Mariana, localizada na Rua Afonso Celso, 671/711, próxima à Estação Santa Cruz do Metrô, na cidade de São Paulo.
Seguindo o curso da história, a expansão da FAI (Faculdades Associadas do Ipiranga) culminou no seu credenciamento pelo MEC, em 2000, como Centro Universitário. Com isso, a instituição alterou sua denominação para refletir a nova organização acadêmica e, ao mesmo tempo, reforçar sua identidade confessional católica. Essa mudança foi formalizada pela incorporação do título "Nossa Senhora da Assunção". Assim, em 6 de julho de 2000, a FAI passou a se chamar Centro Universitário Assunção, adotando a sigla UNIFAI.
Em 2010, a IES passou a concentrar todas as suas atividades no Campus Vila Mariana.
O IESP em 2019 foi incorporado pela Fundação São Paulo (FUNDASP), entidade sem fins lucrativos, reconhecidamente filantrópica e de assistência social, tendo-portanto se tornado a mantenedora do Centro Universitário Assunção.
Em 2024, o uso da sigla UNIFAI foi descontinuado, e a instituição passou a ser identificada exclusivamente pelo seu nome completo: Centro Universitário Assunção.
Enfim, a história desta IES marca a evolução da Biblioteca "Monsenhor Roberto Mascarenhas Roxo" como setor difusor do conhecimento, que ocupa uma área de 692 m² nos blocos III e IV do Centro Universitário Assunção. Sua arquitetura moderna proporciona aos usuários um ambiente agradável para a leitura e a pesquisa. Informatizada e com um acervo de grande riqueza, a Biblioteca fornece suportes adequados às atividades acadêmicas, incentivando alunos, professores, funcionários e comunidade à pesquisa, de acordo com a política educacional adotada pela instituição, a fim de colaborar com a expansão do conhecimento.